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Entenda como era o esquema de desvio de combustíveis da Prefeitura de João Pinheiro

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Prefeito e Secretário de Obras acionaram a Polícia Civil assim que constataram as irregularidades

porNikolas Pimentel

O desmantelamento de um esquema de desvio de combustível da Prefeitura de João Pinheiro, divulgado pela Polícia Civil nesta quinta-feira, 25 de julho, gerou grande repercussão. A operação resultou na prisão temporária de um frentista da rede Pioneiro, no posto Trevo 2, e de outro indivíduo de 49 anos, suspeito de repassar as requisições fraudulentas e abastecer tambores com combustíveis.

A investigação identificou que a administração municipal utiliza blocos de requisições para abastecimento. Todo motorista que precisa abastecer solicita uma requisição ao Secretário, no caso da obras, toda requisição é repassada pelo Secretário ao Chefe de Gabinete do Executivo, Elmar Xavier, conhecido como Branco. Na Secretaria de Obras, as requisições ficam na guarita do galpão, onde são distribuídas aos motoristas.

Segundo as apurações, alguém familiarizado com o sistema de requisições furtou algumas delas e as preencheu com nomes falsos. Essas requisições foram levadas ao posto Trevo 2 para abastecimento pelo suspeito de 49 anos preso temporariamente, onde o frentista suspeito que também foi preso temporariamente as processou, resultando em três requisições fraudulentas para abastecimento de dois maquinários e um caminhão. Os abastecimentos aconteceram nos dias 28/06, 02/07, 10/07 e 12/07. Segundo o Prefeito, até agora o prejuízo estimado é de R$ 15.000,00.

A fraude foi descoberta quando as requisições retornaram à prefeitura. O controle de frota notou discrepâncias nas assinaturas e nos horários de abastecimento, tornando-os suspeitos. Além disso, segundo a regra do município, os caminhões devem abastecer diretamente na bomba e não em galões, como foi feito. A descoberta levou o Secretário de Obras Geraldo Magela, e o Prefeito Edmar Xavier Maciel a notificarem a Polícia Civil.

Câmeras de segurança do posto mostraram um carro não oficial abastecendo tambores de combustível destinados às máquinas da prefeitura, corroborando as suspeitas. Durante uma busca e apreensão nas residências dos suspeitos foram encontrados recibos, documentos de abastecimento, anotações, aparelhos eletrônicos e outros materiais relacionados ao crime.

O frentista, suspeito de fazer parte do esquema de desvio de combustível, foi preso temporariamente. Já o segundo suspeito, de 49 anos, que abasteceu os tambores, foi capturado na zona rural de João Pinheiro, onde estava escondido. A prisão temporária tem duração de 5 dias, período no qual a Polícia Civil coletará provas e decidirá se representará pela prisão preventiva dos suspeitos, que pode durar até a finalização do processo.

As investigações da Polícia Civil indicam que a fraude ocorreu entre junho e julho deste ano, sempre no período noturno, e que o frentista não seguia o protocolo adequado para o abastecimento. A Polícia Civil, com apoio da Prefeitura e do gerente do Posto Trevo 2, continua investigando para localizar o outro suspeito e identificar possíveis cúmplices, incluindo funcionários públicos que possam ter facilitado o acesso às requisições subtraídas.

O Posto Trevo 2 é a empresa que fornece combustíveis aos carros oficiais do Executivo há 7 anos. Na última licitação, realizada em 2023, a Prefeitura gastou um total de R$ 7.454.160,00 com combustíveis, excluindo os aditivos. O JP Agora entrou em contato com o Posto Trevo 2 e aguarda uma nota oficial sobre o assunto.

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